Quero me separar, mas ele não deixa. E agora?

Um processo de divórcio ou ate dissolução de união estável nem sempre é fácil, principalmente quando falamos de relações abusivas em que o homem detém algum poder (seja ele econômico, psicológico ou emocional) sobre sua companheira.
Os tipos de violências que uma mulher pode sofrer em seu casamento são: Psicológica, Sexual, Patrimonial, Moral e Física. E o ciclo do abuso geralmente possui fases em que o abusador proporciona uma “lua de mel”, seguida por situações que geram tensão, até a ação da violência e por fim o arrependimento. Fases que se repetem continuamente transformando a vida do abusado em uma verdadeira “montanha russa” de emoções.
O abusador, detentor do poder, não deseja perder sua autoridade, nem a sua “posse”, assim, facilitar a separação não está em seus planos. Então é importante que a mulher se prepare para sair do relacionamento em segurança.
Algumas dicas:
· Cuide da sua segurança e de seus filhos;
· Procure um advogado/associações/instituições de ajuda a mulher vítima de violência. Peça orientações no Ligue 180; Casa da Mulher Brasileira e Defensoria Pública;
· Junte provas de ameaças, agressões, chantagens etc.; Crie uma rede de apoio (isso inclui amigos, vizinhos de confiança e familiares). Pessoas que estão cientes de sua situação e que possuem alternativas para te ajudar;
· Planeje suas finanças. Até o advogado conseguir o pagamento da pensão pode levar meses. Tente garantir o suficiente para que você possa se manter e manter seus filhos por no mínimo três meses;
· Procure ajuda psicológica (pelo aplicativo Penhas e pelo site Mapa do Acolhimento vítimas de violência podem receber orientações jurídicas e psicológicas gratuitas);
· Construa um plano de emergência. Caso a situação se torno insustentável e apresente risco à sua segurança e de seus filhos saiba sua rota de fuga, tenha uma casa para moradia temporária até conseguir a retirada do seu abusador de sua casa; deixe os documentos em local de fácil acesso; prepare uma pequena mala; tenha os números de contato à mão e lembre-se que sempre você poderá recorrer à polícia pelo Disque 190;
· Crie um sinal ou palavra de emergência para familiares e amigos identificarem situações extremas;
· Peça uma medida protetiva na Delegacia da Mulher ou Delegacia comum (caso sua cidade não possua um atendimento especializado);
· Denuncie.
Com a orientação de um advogado você também saberá quais serão seus direitos conforme o regime de bens adotado pelo casal. Amor não machuca, amor não xinga, não humilha, não oprime. Você não precisa viver infeliz, nem com medo. Você tem opções. Você tem uma vida pela frente. Peça ajuda.